por todas as vezes que você gritou comigo. por todas as vezes que você me xingou. por todas as vezes que você colocou a culpa em mim, por algo que eu nem imaginaria ser tão grande assim. por aquela vez que você me acusou de ter beijado outra pessoa em uma festa cheia de pessoas muito queridas, quando, na verdade, eu estava exibindo o batom sujo porque eu tinha orgulho de ter te beijado. e você me acusou, pegou suas coisas e foi embora. me fez pagar o maior papelão, na frente de todos. não quis me atender. me chamou de louca. agrediu meus melhores amigos, sem que eles nem soubessem quem você era. por aquelas vezes em que você foi ao bar de madrugada e não me avisou a hora em que voltou. e quando foi a minha vez, você bateu o telefone na minha cara. por aquela vez que você me chamou de egoísta só porque eu queria dançar e não queria ficar do lado do seu irmão. por aquele dia em que você não respeitou meu sono e meu cansaço. por todas as vezes em que você não aceitou o meu não, inclusive no dia em que terminamos e eu não queria comer seu arroz. por todas as vezes que você me fez sentir sozinha, abandonada e desamparada. por todas as vezes em que você disse que não era tão carinhosa. e quando eu encostava meu pé no seu e você queria ver o jornal. por todas as vezes em que eu quis ir embora e você me agarrou, não me deixando ir. por aquelas duas vezes do hospital: a primeira que você não estava lá e a segunda que você não quis fazer o esforço de dormir lá comigo, quando, na mesma semana, você saiu para beber e voltou às 3 da manhã. e quando eu te perguntei se você teria virado se não tivesse que trabalhar no outro dia, você disse que sim. por todas as vezes em que eu engoli seco suas agressões para não brigarmos. por todas as vezes em que eu me senti mesmo culpada. por todas as vezes em que você me fez engolir o que eu ia dizer, porque sabia que eu estava falando a verdade. por todas as vezes que você não me abraçou quando eu falei da minha mãe. por todas as vezes em que você foi cruelmente filha da puta. por aquele dia, em chicago, que meu corpo sentia mais frio que o clima lá fora de -3 graus. por todas as vezes em que você não foi à minha casa, que você menosprezou minha função no trabalho porque eu não sabia sobre uma coisa na caixa do iphone. por todas as vezes que você me chamou de instável, quando, na verdade, a instável era você. que dizia que me amava, e no outro dia me tratava como se eu fosse um lixo. por aquela vez que você foi correndo pra me fazer mudar de ideia e comeu um pedaço de pizza antes de ir. seu coração é tão frio quanto tocar no the bean sem luva no inverno. você é tão machucada por dentro que acha que machucando os outros, vai se livrar de si mesma.
por todas as vezes em que você dilacerou minha paz. me encheu de ansiedade e me fez travar a minha memória. pelo copo quebrado, pelo atrasos, pela falta de consideração. pela vez que você questionou meu atraso e meu levantar de voz, quando, todas as outras vezes em que tive que suportar os seus.
de mim, você só merece indiferença.
e um belo de um foda-se, pau no olho do seu cu.